Quando falamos de comércio exterior e de exportações é importante termos em mente que a existência de blocos e parceiros econômicos gera uma grande diferença na quantidade e no valor das vendas realizadas por certo país. Desse modo, trazemos algumas informações importantes acerca do MERCOSUL, bem como estatísticas, acordos e principais parceiros.
O QUE É MERCOSUL E QUEM SÃO SEUS PARTICIPANTES
Para começarmos, as siglas do MERCOSUL significada Mercado Comum do Sul. Esse bloco econômico sul-americano foi criado de forma efetiva e oficial em 1991 visando aumentar a geração de empregos, incentivar a indústria e melhorar as relações comerciais e diplomáticas.
Um fato interessante sobre sua criação é que as negociações para a formação desse bloco iniciaram-se, primeiramente, apenas com o presidente brasileiro da época, José Sarney e com o presidente argentino Raúl Alfonsin em 1985. De início apenas esses dois países estavam realizando as reuniões e apenas cinco anos depois foram acrescidos nessas negociações o Uruguai e o Paraguai.
Os participantes desse bloco são divididos em categorias chamadas de “Países-Membro” que englobam Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela, o mais novo país membro que entrou em 2012 no bloco, mas que atualmente está suspensa por conta de problemas políticos. Em adição, existem os “Países Associados” sendo eles Bolívia, Chile, Suriname, Equador, Colômbia e Peru, os quais fizeram um acordo de livre comércio, mas que não podem contar com as vantagens da Tarifa Externa Comum destinada aos países-membros, por exemplo.
Por fim, temos os “Países Observadores” que tem a permissão de participar das reuniões do bloco e realizam trocas com ele, sem nenhuma vantagem, como também não possuem poder de voto em nenhum acordo. Os países observadores são o México e a Nova Zelândia.
ACORDOS E BALANÇA COMERCIAL
Entre os diversos acordos que o MERCOSUL realizou desde o seu início citaremos alguns deles para a melhor visualização da sua amplitude no contexto mundial do comércio. Vale destacar aqui um detalhe muito importante de um dos acordos feito entre os membros desse bloco que é a livre circulação de pessoas, podendo um profissional de um país exercer sua função em outro sem a quantidade de burocracia que haveria normalmente.
Os acordos estão, assim como os membros, divididos em categorias sendo a primeira o Acordo de Livre Comércio (ALC) que visa estabelecer as quotas de exportação e importação de um produto ou de um serviço e eliminar as tarifas alfandegárias entre os países. Essa modalidade de acordo foi feita com Israel e com o Egito. O MERCOSUL também fez um acordo econômico com a União Europeia, mas que ainda está sem vigência. A proposta é de zerar as tarifas de exportação em a UE e o MERCOSUL trazendo uma enorme vantagem para os países membros no momento de vendes seus produtos no mercado europeu.
Na segunda categoria temos o Acordo de Complementação Econômica (ACE), esses tem o intuito de fazer o livre comércio de apenas alguns tipos de produtos. Dentro desse acordo podem ser negociadas outras características e condições. O ACE é identificado por uma numeração especifica em sequência referenciando a quantidade de acordos feitos com outros países. Atualmente existem mais de 70 ACE feitos pelo MERCOSUL com outros países.
A última categoria é o Acordo de Comércio Preferencial (ACP) a qual consiste na redução de certa porcentagem da tarifa sobre produtos especificados dentro do acordo. Um dos países que tem esse tratado com o MERCOSUL é a Índia. O balanço comercial do bloco atingiu a marca de US$12,4 bilhões em 2020 que convertido na cotação do mesmo ano equivale a aproximadamente $49,85 bilhões de reais em exportações feitas pelo MERCOSUL. Já as importações chegaram a R$48,23 bilhões resultando em um superávit de R$1,62 bilhões.
Desde o início da pandemia os valores caíram relativamente nas importações e exportações, no entanto, com os avanços no combate contra a COVID-19 podemos observar que gradativamente o fluxo comercial voltou a ocorrer.
Desse modo, o MERCOSUL vem mostrando uma grande capacidade de se tornar cada vez mais importante em outras regiões do mundo. Os acordos e os benefícios comerciais trazem muitas oportunidades para os países membros do bloco, em especial o Brasil, o qual possui uma gama muito forte na área alimentícia e de minerais. Por fim, dentro de alguns anos o mercado brasileiro irá usufruir desse acordo feito entre os blocos aumentando em até US$ 125 bilhões o PIB brasileiro de acordo com a Secretaria do Comércio Exterior.
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